22 de jul. de 2012

DF Alfabetizado em São Sebastião


Pauta:
1.    Dinâmica de apresentação gravuras - Onézia
2.    Apresentação do projeto DF Alfabetizado - Elias
3.    Debate - Todos
4.    Encaminhamentos – Onézia

Membros do Fórum de Entidades Sociais de São Sebastião realizaram na última segunda-feira (16/07) uma reunião na Casa de Paulo Freire com o objetivo de apresentar à comunidade o programa governamental DF Alfabetizado. A iniciativa tem uma grande meta pela frente, que é erradicar o analfabetismo no Distrito Federal como um todo. Com a implantação no ano passado, foram contempladas as populações de Ceilândia, Paranoá/Itapoã, Sobradinho e Estrutural, áreas consideradas estratégicas, dado o baixo Índice de Desenvolvimento Humano dessas cidades e a condição de vulnerabilidade social.
Num primeiro momento da reunião, as pessoas participaram de uma dinâmica conduzida pela educadora Maria Onézia, que consistia no seguinte: várias gravuras foram espalhadas pelo chão da sala e cada participante deveria escolher uma figura com a qual se identificasse e que representasse o motivo pelo qual estava ali, aproveitando também a ocasião para se apresentar ao grupo. A escolha foi feita ao som da música de Geraldo Vandré, “Pra não dizer que não falei das flores”.


 A isso se seguiram várias reflexões sobre a importância da Educação de Jovens e Adultos especialmente para aqueles que não tiveram a oportunidade de frequentar a escola na idade adequada por um ou outro motivo, além da experiência significativa que a EJA representa para os educadores e educadoras que abraçam a causa da Educação Popular. Abaixo, segue uma síntese das falas dos participantes.
“Gravura mostrando vários rostos, é assim a educação no país; Oprimido, mudança; busca, renovação; Alfabetizar adultos é diferente de crianças e exige muita paciência e amor; Copa 2014, que não traga somente prédios novos, mas desenvolvimento, oportunidades, principalmente na educação; Aprender nunca é demais, principalmente para um educador; Aprender, multiplicar, incluir; Experiência motivadora com estágio na EJA; “Educar é construir a capacidade de aprender ao longo de toda a vida” Juan Tedesco, educador argentino; Aprender um com o outro – amo a educação de jovens e adultos; Observo uma professora meiga, carinhosa e é assim que quero ser com a alfabetização de jovens e adultos; Ainda há 15 milhões de pessoas que não sabe ler e nem “Escrever de verdade”; Diversidade, reinventar. Podemos aproveitar o que fazemos no dia a dia e aplicar na EJA; “Garoto no círculo se nega a aprender”, por isso devemos ter paciência, amor e carinho com os alunos de EJA; Sonhos, começo de tudo, é o que deveria acontecer, infelizmente não acontece com a maioria; Teatro, cultura. Escravo por que não sabe ler; “Apertar o cerco ou descriminalizar? ”Refiro-me às drogas, porque agora está até dentro das escolas e pouco faz o governo com ações de combate; Já participei do grupo algum tempo atrás, agora pretendo retornar”.

Em seguida, o educador Elias Silva destacou a importância do encontro como um passo fundamental da comunidade. “Estamos nos antecipando à ação do governo para constituir coletivamente um grupo de trabalho compromissado com a realização da alfabetização na comunidade”, disse.  Ele também falou um pouco sobre a história da EJA no Brasil e no DF e Entorno, em especial São Sebastião. Segundo Elias, o Fórum de Entidades está bastante organizado e tem atuado em diversas frentes de trabalho, incluindo-se aí as discussões e debates sobre da educação de jovens e adultos que o Fórum vem fazendo junto o Fórum EJA/GTPA.
Elias informou que a EJA não é mais um projeto, mas um programa de governo. “Por isso, temos pela frente o desafio de nos organizarmos em um só grupo agregando todos os setores da comunidade para que o Fórum possa assumir as responsabilidades com o DF Alfabetizado e assim discutir e traçar a melhor forma de trabalharmos a alfabetização dos excluídos pelo sistema educacional, sejam eles jovens, adultos ou idosos, disse. “Temos como filosofia o trabalho voluntário e a inclusão”, afirmou Elias ao ressaltar também que para a consecução desse trabalho, os envolvidos terão que passar necessariamente por um processo de formação, que será desenvolvido pela Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (EAPE).
Ainda de acordo com Elias, a abertura do edital está prevista para agosto. Todavia, a ideia é não deixar que as ações de alfabetização em São Sebastião fiquem atreladas ao lançamento do programa, e sim que os interessados desde já iniciem a busca ativa dos educandos e formem suas turmas, independente de o programa entrar em vigor ou não. A ação alfabetizadora deve acontecer, independente da ação governamental. Durante a reunião, foi sugerida a abertura de 29 turmas, sendo que a quantidade mínima de alunos por turma deverá ser de 15 e no máximo de 25 (podendo ser mais, dependendo do espaço onde seja desenvolvida a alfabetização e desde que não comprometa o aproveitamento das aulas), para área urbana.
No caso de haver indisponibilidade de espaço em escolas, os educadores precisam se mobilizar para conseguirem outros espaços na cidade. Visando dar celeridade ao processo e para fazer o mapeamento das escolas locais que poderão oferecer salas para alfabetização, foi criada uma Comissão para tratar sobre o assunto com a DRE/São Sebastião. Também foi sugerida a realização de uma pré-formação para todos os participantes a ser feita no próximo dia 11 de agosto (sábado), às 14h30 na Casa de Paulo Freire. O encontro foi finalizado com a exibição de um vídeo de Paulo Freire – “40 horas em Angicos”.
Bairros representados na reunião:
·         Residencial do bosque, Centro, Aguilhada, Café sem troco, Vila do Boa, São José, Tradicional, Itaipú, Vila Nova, São Bartolomeu e Residencial oeste.
 Encaminhamentos:
aI)    Comissão para ir à DRE/São Sebastião:
Elias, Francisco, Wesliane e Mara.

bII)    Próximo encontro para formação local:
11/08 (sábado) - 14h30 – Casa de Paulo Freire.
Encerramento com o vídeo de Paulo Freire – 40 horas em Angicos.

Coordenação Fórum de Entidades